Senador Heinze defende expansão da Nova Ferroeste até Passo Fundo

O Programa de Parcerias de Investimentos – PPI – do Ministério da Economia tem movimentado o setor privado e produtores do Rio Grande do Sul. O foco das associações produtivas e do senador Luis Carlos Heinze – PP/RS – agora é incluir estado de forma efetiva na Nova Ferroeste. A ferrovia está sendo desenhada para renovar a Malha Sul e ligará Maracajú, no Mato Grosso do Sul; passando pelo Paraná; até Chapecó, em Santa Catarina.

Uma reunião de articulação, coordenada pelo senador Heinze, foi realizada nesta semana para traçar estratégicas e formas de estender a ferrovia de Chapecó até Passo Fundo, no norte do estado gaúcho. A proposta inclui a revitalização de um trecho já existente entre Erechim e Passo Fundo e construção de um novo desde Erechim, até o vizinho estado catarinense.

“A proposta é acrescentar o ramal ao edital que será lançado ainda neste ano, para ganharmos tempo. Ou ainda, criar condições para anexação futura sem necessidade de recomeçar o processo do zero”, explicou Heinze.

O senador detalhou que a mobilização tem como base o modelo implementado pelo governo federal que concede autorização de longo prazo. “Os projetos nesse tipo de modal passaram a ser mais atrativos, pois agora a União concede permissão para que o empreendimento seja gerido pela iniciativa privada por 99 anos prorrogáveis. Diante da viabilidade econômica, reunir interessados é factível”, assegura.

O grupo, coordenado pelo Conselho da Agroindústria – Conagro/Fiergs – contratou a empresa que fez a análise em Santa Catarina para elaborar o estudo de viabilidade técnica e econômica da expansão.

O parlamentar garante que todo o trabalho busca reduzir os custos logísticos que tem afetado a competitividade gaúcha, além de beneficiar os produtores que possuem deficit de milho. O senador ressaltou que já tratou a questão com a Agência Nacional de Transportes Terrestres – ANTT e o Ministério da Infraestrutura.

Também participaram da reunião representantes das associações Comercial Industrial de Chapecó – ACIC – e Gaúcha de Avicultura – Asgav – representando também as entidades representativas dos suínos e lácteos, da Organização das Cooperativas de Santa Catarina – Ocesc, da Cooperativa Aurora e da Federação das Indústrias de Santa Catarina – Fiesc

A FERROVIA: o traçado inicial da Nova Ferroeste prevê a ligação de 1.591 km entre Maracajú, no Mato Grosso do Sul; ao Porto de Paranaguá, no Paraná. Com a incorporação de mais 263 quilômetros a malha, a partir de Cascavel (PR), terá dois ramais ligando Foz do Iguaçu e Chapecó. A previsão de investimento total na obra, já somados os R$ 6,8 bilhões até Chapecó, é estimado em R$ 35 bilhões. A estimativa do senador é de que para operacionalizar os 180 quilômetros do Rio Grande do Sul, sejam necessários mais R$ 4,5 bilhões.

 

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