Governo reduz em quase 10% taxa de crescimento do Plano Agrícola e Pecuário 2023/24

O Ministério da Agricultura e Pecuária apresentou nesta terça-feira, 27, o novo Plano Safra 2023/24, para médios e grandes produtores. O programa promete injetar R$ 364,22 bilhões em crédito rural, aproximadamente 27% de crescimento em relação ao pacote anterior, percentual bem abaixo dos 35,5% de avanço registrado na edição de 2022/23, durante o governo Bolsonaro.

Médios e grandes produtores rurais terão R$ 272,12 bilhões para aplicarem nos custeios das lavouras e R$ 92,1 bilhões para investimentos. No entanto, a oferta de crédito total, prevê R$ 177,8 bilhões com taxas livres, as mesmas de mercado. No restante, os juros oscilarão entre 7% a 12,5% ao ano. Praticamente os mesmos índices do plano anterior.

De acordo com o senador Luis Carlos Heinze – PP/RS –, o anúncio do governo ficou longe da expectativa do setor. “Temos uma diferença de quase 10% na taxa de crescimento, em relação à safra passada. É um descompasso, já que o novo governo criou uma estrutura ministerial ampla que poderia render algo mais expressivo. Além disso, estamos falando de um segmento que tem oferecido resultados concretos para o Brasil e tem sido alvo de manifestações políticas agressivas”, ressaltou Heinze.

O lançamento do plano, deste ano, também ficou marcado pela ausência do detalhamento. “Até o momento não sabemos quanto o governo pretende efetivamente desembolsar para equalização e para aplicar no seguro agrícola. Um grande comercial e promessas superficiais”, criticou Heinze.

Pronaf: o governo optou por dividir as linhas e o plano para agricultura familiar deverá ser publicado amanhã. “Esperamos um crescimento superior aos 36% ofertados pela gestão anterior, considerando todo o holofote criado para o anúncio”, enfatizou o senador.

Share on facebook
Facebook
Share on twitter
Twitter
Share on whatsapp
WhatsApp
Share on print
Imprimir