Promovido pelo deputado estadual Vilmar Lourenço, um encontro na Sala João Neves da Fontoura da Assembleia Legislativa, na manhã desta segunda-feira, contou com a presença do senador Luis Carlos Heinze e autoridades da Região Metropolitana, marcando o avanço na criação de um fórum permanente sobre a implementação da ERS-010, também conhecida como Rodovia do Progresso.
O projeto, que tem como objetivo desafogar o fluxo da BR-116, impacta nove municípios, ligando Porto Alegre, na BR-290, ao Vale do Paranhana, passando pelo Vale do Sinos.
“Essa obra já está atrasada há 15 ou 20 anos. A rodovia já poderia gerar empregos e impostos que seriam revertidos para o desenvolvimento social neste período”, enfatizou Lourenço, complementando que os leitos da nova estrada serviram para a instalação de parques industriais.
A ideia do deputado é criar um fórum permanente sobre o projeto da rodovia, envolvendo todos os agentes públicos e privados interessados.
O senador Luis Carlos Heinze vê a existência de um gargalo para o Vale do Sinos e Região Metropolitana e acredita na Rodovia do Progresso como uma opção mais em conta na comparação com a extensão da BR-448, a Rodovia do Parque, até Portão. “Essa ligação é muito importante e só vejo uma forma dessa obra sair: com a iniciativa privada, é pela concessão”, afirmou.
Heinze citou que, através do governo federal e parcerias, a duplicação da ponte sobre o Rio dos Sinos, na BR-116, em São Leopoldo, e a ligação da Rodovia Transaçoriana, em São Sebastião do Caí, com a BR-386, são formas de melhorar o fluxo de caros nas rodovias da região.
Como presidente do Consórcio Metropolitano da Associação dos Municípios da Região Metropolitana de Porto Alegre (Granpal), o prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo, reiterou o apoio das prefeituras impactadas pela obra. “A BR-116 está esgotada. É extremamente importante uma via alternativa. Nós, prefeitos, estamos juntos e entendemos essa necessidade. Somos parceiros na construção desse projeto”, disse.
Porto Alegre, Cachoeirinha, Canoas, Gravataí, Sapucaia do Sul, São Leopoldo, Novo Hamburgo, Campo Bom e Sapiranga serão beneficiadas com a instalação da rodovia.
20 anos de idas e vindas
Em novembro de 2001, no governo de Olívio Dutra, a primeira comissão que analisou o tema foi criada. Nas gestões seguintes, a rodovia seguiu na pauta do Pirtatini, chegando a ser licitada no governo Yeda em contrato vencido pela Odebrecht, com valor de R$ 1,4 bilhão. Depois, na gestão de Tarso Genro, houve nova licitação para estudo de viabilidade.
Durante a gestão de José Ivo Sartori, houve a tentativa de retomar o contrato com a Odebrecht, no entanto o projeto não foi levado a diante pelo envolvimento da empresa na Operação Lava-Jato. O governo Eduardo Leite iniciou Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental (EVTEA), em 2020.
Fonte: Correio do Povo
