Heinze abre caminho para produção nacional de vacinas em laboratórios farmacêuticos e veterinários

O senador Luis Carlos Heinze (PP/RS) realizou uma grande articulação para que o Brasil utilize a tecnologia dos laboratórios privados na produção de vacinas contra a Covid-19. Nesta direção, o parlamentar organizou uma reunião, realizada nesta quinta-feira, 10, no Palácio do Planalto, com a participação presencial dos ministros da Casa Civil, Luiz Eduardo Ramos; das Relações Exteriores, Carlos França; da Agricultura, Tereza Cristina; da Saúde, Marcelo Queiroga; da Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes; o presidente da Anvisa, Antônio Barra Torres e representantes do Ministério da Economia e dos laboratórios de saúde animal e da indústria farmacêutica humana.

Fotos da reunião
Em vídeo: Heinze e ministro Marcos Pontes comentam sobre a reunião na Casa Civil

O ministro Luiz Eduardo Ramos abriu o encontro e destacou a iniciativa do senador Heinze em reunir o grupo para alinhar uma estratégia de trabalho para aproveitar a tecnologia dos laboratórios nacionais. “O Butantan e a Fiocruz já são exemplo na produção dos imunizantes. Temos aqui um grupo de 16 laboratórios, sendo 12 da nossa indústria farmacêutica e quatro do setor veterinário. Todos com excelência e capacidade de produção. Temos que incentivar a tecnologia nacional e produzir patentes no Brasil. Até agora já foram mais de 100 milhões de vacinas distribuídas em todo o país, com 70 milhões de brasileiros vacinados. Este encontro direciona nossa caminhada para a autossuficiência, dentro dos regulamentos sanitários mais avançados do mundo”, destacou.

O senador Heinze falou sobre o importante caminho que temos pela frente por meio do alinhamento do trabalho entre o governo e as empresas. “Tenho certeza de que com a nossa capacidade científica vamos tornar o Brasil um exportador de vacinas. São 15 estratégias e 10 projetos em andamento no Ministério de Ciência e Tecnologia e uma jornada para nos tornarmos independentes na produção de imunizantes na prevenção à Covid-19, apoiada pelo governo federal”, lembrou o senador.

O parlamentar também falou sobre o alto padrão sanitário dos laboratórios veterinários. “Destaco o projeto de lei de autoria do senador Wellington Fagundes que autoriza aos parques de vacinação animal a produção de imunizantes contra a Covid-19. Esses parques podem produzir até cinco milhões de doses de vacinas por dia. Seria um grande incremento em nossa produção. O projeto já está em regime de urgência na Câmara dos Deputados”, apontou Heinze.

O ministro Marcos Pontes lembrou que a união dessas expertises vai contribuir para as próximas vacinações, já que a Covid-19 fara parte do calendário anual. “Este encontro é um marco na história da produção de imunizantes no país. Temos três ciclos de vacinas, as importadas, as licenciadas e as nacionais. Eu sempre ressalto a importância de se usar a tecnologia brasileira, produzindo patentes e gerando um controle completo, no caso das mutações. Claro, que a partir de agora vamos unir nossas forças e tenho certeza que este trabalho já vai estar dentro dos próximos calendários de vacinação”, avaliou.

O chanceler Carlos França ressaltou as cooperações com os outros países. “Temos a possibilidade de trabalhar em conjunto com o Mercosul e abastecer este mercado. Vamos realizar parcerias entre as indústrias estrangeiras e nacionais, fomentando a liberdade para que as empresas acreditem em nosso mercado. Vamos observar os detalhes técnicos e jurídicos dos contratos e unirmos nossos esforços na superação desta crise”, disse o ministro

A ministra Tereza Cristina observou a qualidade dos laboratórios veterinários. “Seria irresponsável não aproveitarmos a excelência de nossos parques para o aproveitamento neste momento de crise mundial. Toda a ajuda é muito bem-vinda”, colocou a representante do agro.

O presidente da Anvisa, Antônio Barra Torres, falou sobre o empenho diuturno de todos os profissionais da Agência. “Podem ter certeza de que nosso corpo de 1,7 mil profissionais trabalha dia e noite para livrar o Brasil desta pandemia. Estamos empenhados por esta causa que é de todos”, concluiu.

Reginaldo Arcuri, presidente do Grupo FarmaBrasil, reforçou que a união dos esforços levará o Brasil ao caminho da autossuficiência e que a iniciativa privada precisará do apoio do governo para tornar projeto realidade.

Esta foi a primeira reunião de trabalho para o desenvolvimento de uma política de governo junto com a iniciativa privada com a participação de cinco ministros do governo Bolsonaro.

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