Uma reunião foi realizada nesta quarta-feira, 13, na sede do Ibama, em Brasília, para tratar da licença prévia ambiental do Porto Meridional. O grupo, liderado pelo senador Luis Carlos Heinze – PP/RS -, entregou ao presidente do órgão, Rodrigo Agostinho, em ato simbólico, a introdutória do Estudo de Impacto Ambiental – EIA. A versão definitiva do documento será protocolada ainda neste mês.
O senador alega que o empreendimento é vital para a economia gaúcha. “Hoje temos um único porto no Rio Grande do Sul, enquanto Santa Catarina tem mais de sete. Essa é a nossa melhor oportunidade de reduzir o custo logístico no RS”, afirmou Heinze.
O presidente do Ibama garantiu que o projeto será liberado com brevidade. “Sabemos da importância dessa iniciativa para o estado e vamos priorizar a análise”, declarou Agostinho. Ele também ressaltou que o empreendimento está alinhado à nova lei de cabotagem, que incentiva o transporte marítimo entre portos, e ao contexto de desastres climáticos, que reforça a necessidade de reindustrialização do Rio Grande do Sul.
O diretor da DTA Engenharia, Daniel Kohl, apresentou dados do último diagnóstico, que apontam uma aceitação superior a 80% da população ao projeto. Além disso, destacou que as características do calado da região reduzem para zero a necessidade de dragagem.
O prefeito de Arroio do Sal, Luciano Pinto, enfatizou que o impacto positivo do porto se estenderá a todo o estado, com reflexos inclusive na economia nacional. Já o ex-deputado federal, Fernando Carrion, idealizador do projeto, afirmou que a iniciativa representa uma transformação econômica para o Rio Grande do Sul, similar à provocada pela rodovia Freeway.
O deputado estadual Issur Koch – PP/RS – fez questão de afastar qualquer ideia de concorrência entre o Porto de Rio Grande e o Meridional. “Vamos recuperar empresas e negócios que deixaram de operar no RS”, afirmou.