O endividamento do setor primário e os prejuízos provocados pela enchente de 2019 e a estiagem deste ano foram tema de videoconferência com a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, e o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES – , Gustavo Montezano, na manhã desta quarta-feira. O encontro partiu de um pedido do senador Luis Carlos Heinze, alinhado com Farsul, Federaroz, Fecoagro e Acergs.
Na oportunidade, foi discutido um plano para renegociação de dívidas que contemple as necessidades dos produtores, cerealistas e cooperativas. De acordo com o economista chefe da Farsul, Antônio da Luz, as negociações já estão encaminhadas para aqueles que estão dentro do sistema financeiro; para os demais, estão sendo estudadas possíveis soluções.
Heinze destacou a urgência do momento e lembrou a existência de dívidas fora do sistema bancário junto a fornecedores. “O agro segura a nossa economia e neste momento precisa, mais do que nunca do auxilio do governo. Quando superarmos este momento serão os nossos produtores que vão fortalecer a economia”, destacou o parlamentar.
Para os produtores que possuem financiamento da safra por meio do Banco do Brasil, foi encaminhada uma proposta para parcelamento de todas as dívidas contraídas até 2020. As medidas discutidas não se referem apenas ao Rio Grande do Sul e incluem a prorrogação dos vencimentos das parcelas de crédito rural para todo o Brasil.
A proposta prevê a criação de linhas especiais de crédito para pequenos e médios produtores. O objetivo é dar liquidez e fluxo de caixa aos segmentos considerados, até agora, os mais afetados pela crise do coronavírus, em virtude de problemas de comercialização de produtos perecíveis como de frutas, hortaliças e leite.
Durante a tarde, Heinze promoveu uma nova videoconferência com as entidades para avaliar a discussão com o MAPA e BNDES. Uma nova reunião deve acontecer no começo da próxima semana, com a apresentação de um plano definitivo para auxiliar o setor primário.