Nesta sexta-feira, 10, o Auditório Central da Expodireto, em Não Me Toque, foi palco do ciclo de debates e palestras do Senado Federal sobre os impactos da estiagem na agropecuária, bacias hidrográficas e preservação de nascentes. O debate contou com apresentação do projeto “Juntos pelo Araguaia” do Instituto Espinhaço, bem como um resumo do estudo, produzido pelo geólogo Rogério Porto sobre as bacias hidrográficas da metade sul.
De acordo com coordenador do painel, o senador Luis Carlos Heinze – PP/RS –, o encontro oportunizou a apresentação de iniciativas que podem favorecer o sistema de irrigação. “A discussão sobre projetos que podem mitigar os impactos da estiagem precisa chegar a quem, efetivamente, arca com o prejuízo nas lavouras e nos pastos. O que fizemos hoje foi explicar o que estamos discutindo com o governo federal, para reverter esse cenário que tem gerado perdas bilionárias”, ressalta Heinze.
O geólogo Rogério Porto explicou que as bacias hidrográficas do Rio Grande do Sul possuem potencial que não estão sendo bem explorado. “Na avaliação do inventário de Camaquã a Piratini temos 57 obras que se forem realizadas, permitirão a irrigação de 5,5 milhões de hectares”, afirmou Porto. O geólogo destacou ainda a importância de instituir uma política pública de acumulação de água da chuva.
O “Juntos pelo Araguaia” foi apresentado pelo presidente do Instituto Espinhaço, Luiz Oliveira, enquanto boa prática. A iniciativa que alcança 150 municípios oferece soluções para os processos de conservação de solo, recomposição florestal e recuperação de nascentes.
Participaram do painel, ainda, o secretário Desenvolvimento Econômico do RS, Ernani Polo, o vice-presidente da Farsul, Elmar Konrad, o presidente da Cotrijal, Nei Mânica; o deputado estadual – representando ALRS, Aloisio Classmann e um representante da FETAG.