Senador tem vice ligada à Assembleia de Deus, enquanto Onyx Lorenzoni conta com a Universal
O jornalista Bruno Pancot colabora com a colunista Rosane de Oliveira, titular deste espaço
Na busca pelo voto evangélico, o pré-candidato a governador pelo PP, Luis Carlos Heinze, se reuniu com pastores e recebeu uma lista de 11 demandas das igrejas neopentecostais. O encontro, na última segunda-feira (16), foi promovido pela vice na chapa de Heinze, vereadora Tanise Sabino (PTB), que é ligada à Assembleia de Deus.
Durante o evento no Plaza São Rafael Hotel, no centro de Porto Alegre, os líderes religiosos entregaram ao senador uma série de pautas como a defesa “dos princípios e dos valores da família” e a posição contrária a aborto, drogas, ideologia de gênero, linguagem neutra e “marxismo cultural”.
— Eles fizeram a pauta do que as igrejas pensam, uma carta de intenções. Eu vou olhar e o que eu puder atender, vou atender — diz o senador, que é luterano.
Entusiasta do encontro, Tanise diz que parte dos 200 líderes que participaram do evento não conhecia Heinze, mas destaca que os pastores ficaram com impressão positiva do senador.
— Pela primeira vez, o Estado tem a chance de ter dois evangélicos no comando do governo. O perfil dele (Heinze) fechou com as nossas igrejas, é um homem humilde, um cara sereno, honrado — avalia Tanise.
A vereadora da Capital observa que apenas a Assembleia de Deus tem mais de 400 mil fiéis no Rio Grande do Sul, com pelo menos uma igreja em cada município gaúcho. A chapa Heinze-Tanise tem ainda o apoio da Associação Missionária Luz das Nações e da Rede Apostólica.
Principal concorrente da Assembleia de Deus no segmento evangélico, a Igreja Universal do Reino de Deus é ligada ao Republicanos, que fechou com Onyx Lorenzoni para a disputa ao Piratini. Tanise diz que a pauta evangélica estará presente na campanha, mas não é a principal temática das eleições.
— O Onyx é evangélico, se batizou há poucos anos. O Heinze é luterano desde a nascença. O Onyx se batizou numa igreja evangélica porque a esposa dele é evangélica. Agora é que ele está entrando nesse segmento. Mas não vejo que essa eleição será uma disputa por essa frente — compara a vereadora.
Fonte: Zero Hora – Coluna Rosane de Oliveira