Heinze defende a pesquisa como forma de ampliar área de cultivo de cereais

A ampliação do cultivo de cereais de inverno no Rio Grande do Sul foi discutida nesta quarta e quinta-feira, durante seminário promovido pela Embrapa e pelo Senar-RS, com o apoio da Fecoagro-RS, da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) e da Farsul. Uma projeção da Farsul aponta que o avanço na produção de trigo, aveia e outros cereais tem potencial para ampliar em até R$ 12 bilhões/ano o PIB do Estado.

Propulsoras do agro gaúcho, a avicultura, a suinocultura e a pecuária de leite tem hoje no déficit de milho o principal entrave para o crescimento. Ao lado da soja, o milho é o principal componente das rações. A importação do grão eleva os custos de produção e reduz a margem de lucro de milhares de famílias que hoje buscam o sustento nas atividades. Só no ano passado, cerca de R$ 3,3 bilhões foram gastos na importação do grão.

“O Rio Grande do Sul tem condições, na pequena propriedade, de ampliar a produção de leite, suínos, aves e ovos. O grande gargalo é o déficit de 2,5 milhões de toneladas de milho. Os cereais de inverno, como o trigo, aveia e outros, podem suprir em boa parte essa demanda. Precisamos, portanto, que a nossa pesquisa arregace as mangas para buscar as alternativas”, avalia o senador Luis Carlos Heinze.

Durante participação no seminário, Heinze atribuiu justamente à pesquisa agropecuária boa parte do sucesso do agro brasileiro. O senador recordou que, na década de 70, o Brasil era importador de alimentos. Hoje, exporta para mais de 200 países.

Aumento na área destinada às culturas de inverno em 2021

Na safra deste ano, a área destinada às culturas do trigo, aveia, triticale, cevada, centeio e canola cresceu cerca de 10% no Rio Grande do Sul. Isso no entanto, representa menos de 20% da área destinada às culturas de verão, como soja e milho.

Além de suprir uma demanda existente, a expansão das culturas de inverno, em sincronia com a pecuária, pode resultar na geração de 24 mil novos postos de trabalho, ajudando a movimentar a economia das cidades gaúchas.

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