Roteiro na Serra Gaúcha inclui construção de estradas, tecnologia e economia

O senador Luis Carlos Heinze (PP/RS) realizou, nesta segunda-feira, 26, roteiro na Serra Gaúcha para tratar de assuntos relacionados a infraestrutura, logística e economia do estado e região. Com a presença dos prefeitos de Caxias do Sul, Adiló Didomenico, e o em exercício de Gramado, Luia Barbacovi, da CIC Caxias, Sinduscon, MobiCaxias e do diretor-presidente da Empresa de Planejamento e Logística — EPL — Arthur Lima, foi discutido um plano viário para o novo Aeroporto Regional da Serra.

Em abril, foi publicado o edital de licitação do projeto do novo aeródromo que será construído em Vila Oliva/Caxias do Sul. O plano de construção engloba as pistas principal e complementar, pátio, hangar e terminal de passageiros com investimento fixado em R$ 3 milhões — recursos indicados pelo senador Heinze. O aviso ainda prevê prazo de execução em até um ano pela empresa contratada. 

Para Heinze agora é a hora de pensar em tudo que a obra envolve, como os 60 km de estradas que ligam Caxias/Vila Oliva/Gramado. “Estes acessos serão desenvolvidos com parcerias público-privadas com as prefeituras e os empresários dos municípios. Teremos um modelo que vai dar certo e servirá como inspiração para novas obras no estado”, garantiu o parlamentar.

Heinze também falou sobre o impacto do empreendimento para toda a região. “Rodovias no padrão DNIT e mais a obra do terminal de cargas dentro deste modelo de PPP’s. O governo federal garantiu recursos para o aeroporto. Para o demais, vamos promover uma revolução nas estradas que serão construídas em parceria com o empresariado. São áreas rurais que vão impulsionar o turismo, comércio e serviços ao longo do traçado, na ordem de R$ 100 a 150 milhões”, concluiu.

A EPL será responsável pelo estudo de viabilidade dos acessos em Caxias do Sul e Gramado.

PREÇO DO AÇO: A agenda também incluiu uma reunião no Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de Caxias do Sul e Região — Simecs. No encontro, o parlamentar voltou a debetar sobre o aumento excessivo do preço do aço e os impactos nos custos de produção agropecuária. Heinze destacou que a reunião foi uma tentativa de organizar a cadeia produtiva.

 “Especialmente em relação às máquinas, peças, equipamentos e componentes agrícolas, inclusive, no setor de infraestrutura de armazenagem, o custo é muito alto. Por isso, precisamos unir as empresas de todo o estado para viabilizarmos um preço melhor para aquisição dessa matéria-prima. Comprar sozinho é muito mais caro”, explicou o senador gaúcho.

Segundo Heinze, o tema já está entre as prioridades do Ministério da Economia. “Já foram realizadas negociações entre as empresas distribuidoras, articuladas pelo secretário especial de Produtividade, Emprego e Competitividade da Pasta, Carlos da Costa. Também estamos discutindo a redução da carga tributária para possibilitar a importação direta do produto”, disse.

Participaram da reunião mais de três mil empresas representadas pelos sindicatos e membros dos polos metal–mecânicos da Serra Gaúcha, Canoas, Região Metropolitana, Panambi, Condor, Santa Rosa, Horizontina Não-Me-Toque, Passo Fundo, Erechim e indústrias de compra de aço ligada às metalúrgicas.

PLANTA GRAFENO: Luis Carlos Heinze também visitou a planta de produção comercial do grafeno — material de alta resistência — no UCSGraphene, na Universidade de Caxias do Sul — UCS – a primeira e maior planta de produção de grafeno em escala industrial da América Latina instalada por uma universidade. O local será conhecido pelo presidente da República, Jair Bolsonaro, no próximo dia 10 de julho.

O centro de pesquisa da Serra foi um dos quatro do país credenciados pela Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial — Embrapii — vinculada ao Ministério de Ciência e Tecnologia. A nova marca vai colocar no mercado, por exemplo, vergalhões de grafeno que podem substituir outros materiais, como o aço e o ferro. 

“É uma tecnologia que vai sair daqui do Rio Grande do Sul para o mundo. Nossos cientistas são qualificados e tem, pelo governo Bolsonaro, o reconhecimento que merecem”, comemorou Heinze.

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